Galha VI : Velho carvalho



 Velho carvalho


Agora ja som um velho carvalho,
compria um ejército para mover-me.
Minhas raices fondas de caralho,
seram últimas em arder co lume.

Estam tam extendidas polo eido,
que haveria que escarvar um quinteiro
para pode-las arrincar do fondo. 
Haveria que remexer um outeiro.

Eu dou sombra ata de inverno, espido,
cada ano regalo as folhas à terra.
Som sustento de todo clas de animais,
mantenza da terra, das aves seu lar.

A minha semente voa coas pombas,
esquilos e rolas coidam-me os filhos,
nascidos nos montes, almas do vento,
ocupam os eidos meus abelotes.

Nom lhe daredes serrado as raices,
a um velho carvalho, que é invencível.
Pois él, sempre tornará a retonar
cumhas novas galhas, disposto a vivir.

🌟


Carvalho no Sam Miguel
Marzo de 2011




Moradelha editora