Galha V : Contadores de estrelas



Contandores de estrelas
Bicos sem fim


Cada bico que che dou
nascem duas estrelas,
num universo sem fim,
cocho das nossas almas.

Dona de sete versos,
teu amor me consome,
ata o punto que penso,
que eu som ja uma estrela.

Sete versos no ceo,
com cadansua estrela.
Hei-nas contar contigo,
na noite de Lua nova.

Eu contarei as pares,
entom comezarás ti.
Pensa que nom hai presa,
entre a conta e o conto.

Um bico heiche de dar
e as estrelas nasceram.
Iram nascendo elas,
entre bicos e apertas.

Pasaremos ti e mais eu
cara à eternidade,
a todas pondo nome,
sem esquecer ningunha.

Conforme nós contando,
elas iram nascendo.
Se mais contas, mais nascem,
assim à infinitude.

Conto duas, nascem quatro,
conto tres nascem oito. 
Assim eternamente,
elas medraram muito.

Cada bico que che dea,
dous mais heiche querer dar.
Entom dareiche quatro, 
quererei dar dezaseis.

Um amor exponencial,
virus de amor, pan-amor.
El nom tem magnitude,
nom tem nome, é sideral.


🌟🌟🌟



Moradelha editora